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sábado, 5 de setembro de 2015

Vida, persistente vida!


Ah, a vida!
Persistente em tua vontade de continuar.
Quem pode mensurar esta tua vontade?
Tua chama não se extingue tão fácil assim.
Ah, vida!
Que insistes em permanecer ainda que tudo a tua volta
venha te dizer: Agora é o teu fim!
Não, tú não desistirá tão fácil assim!

Dentro de tí
uma chama que arde e não se pode apagar.
Basta a tí um pouco de ar, úmido, límpido ar,
e um resquício de raio de sol,
e então, eis você, vida!
Pode até estar esquecida no fundo de uma gaveta
do armário.
Vida! vida! vida!

          Manoel Augusto

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