Eu tenho um rio em mim,
de idéias que jorram da minha inquieta
mente sem parar,
de palavras que invento, sedento de
tentar explicar esse intenso advento, existir, resistir e sonhar,
e num raro momento de calma, represa das águas, parar!
e nessa hora, dormir, tentar descansar
pro inevitável acordar,
mas nem por isso, imagine, parei de pensar
que esse rio que corre assim,
é minha alma que não cabe em mim,
e calada já não sabe ficar, furiosa
ela tem que correr, ela tem que seguir,
ela tem que jorrar.
Manoel Augusto
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