Eu ví um homem maltrapilho
sentado na esquina
Seus olhos graves, tristes, mortos quase,
Pensei sua vida, pensei sua família
Sentí saudade de sua casa
senti a falta de seus sorrisos,
senti tanto a sua dor.
que olhando de novo aquele homem
quem estava lá sozinho, perdido, abandonado e invisível
era eu!
Eu vi um garoto pedido um trocado
no sinal de trânsito.
Vi. Sim! eu o vi!
parecia que ninguém o via
Eu desejei descobrir o que ele queria
eu queria saber como ele me via
e com isso o que ele sentia,
saber aquela sua dor que doia
tanto, tanto, tanto,
que nem mais percebia.
Que olhando de novo, de perto, nos olhos
quem estava lá sozinho, perdido, abandonado e invisível
era eu!
Manoel Augusto
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