Um Pássaro passou voando por mim,
e levou com ele minha vontade de ir também.
Em suas asas ergueu meus sonhos aos céus,
Bem lá nas alturas, as que não me pertecem!
Um Pássaro passou voando e olhou pra mim,
e com esse olhar arrancou do meu peito
toda a dor,
a dor de não saber voar!
O que me prende ao chão, talvez não
seja a ausência de asas,
mas o peso que carrego na alma,
de não ter a inocência daquele olhar,
de não saber a leveza daquele ser.
Um Pássaro passou voando por mim,
e aquilo me fez acordar,
e mostrou-me toda imposta limitação
natural em ficar,
a de não ir, não fazer, só olhar.
Mas, me disse antes de perder-se
no horizonte sem fim: Ao invés,
sê feliz,
mesmo sendo como és!
Manoel Augusto
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