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quinta-feira, 1 de setembro de 2016

A simplicidade das coisas

 

Escrever a simplicidade das coisas
é o que faço de melhor.
As vezes o que escrevo é tão simples, tão simples
que parace difícil entender.
É como vida, as pessoas complicam tudo,
e tudo fica parecendo difícil,
até o ato simples de viver,
um dia, uma noite, uma semana,
sempre vejo a gente complexar o que é simples de fazer!
Se chover não sái de casa, porque molha os pés.
É tão simples, é só secar depois, tirar os sapatos, trocar a roupa.
Um só bebe água gelada, outro não bebe se estiver gelada,
outro só bebe se for filtrada, eu bebo até da folha de bananeira.
Nós temos mania de implicar com qualquer besteira.
Ora, se a estrada é de chão, eu sei que vai ter poeira,
E se as nuvens escurecerem, vai chover de qualquer maneira,
E se não gostou do que eu digo, a recíproca é verdadeira,
mas o que eu faço é não tapar o sol com sua peneira,
mas nunca me leve a mal, o que faço com as palavas
eu faço por brincadeira.
Quando começo a escrever, é como se abrisse a torneira,
de uma água cristalina que vai tirando da mente e
do coração toda aquela sujeira
que se acumula se a gente deixa vira enfeite de prateleira
e se agente mima e se a gente abraça,
vai acabar fazendo barreira,
que enraiza e que envolve a gente, cobrindo feito parreira
e tudo nos aborrece mesmo que agente não queira
e a vida que era da gente, já não é mais, é prisioneira
de coisas que eram tão simples, se complicaram sobre-maneira
e vou falar agora uma frase derradeira:
Escrever a simplicidade das coisas
é o que faço de melhor.
As vezes o que escrevo é tão simples, tão simples
que parace difícil entender.

              Manoel Augusto

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