Páginas

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Abra as janelas da alma

Abra as janelas da sua alma
e deixe-a ouvir o seu criador.
Deixe-a ouvir a voz daquele que te criou.
Te criou para coisas eternas.
E então assim, com toda calma
escute os sentimentos,
pois são verdadeiros quando vindos da alma.
Seus cinco sentidos não podem te ajudar
podem até confundir,
mas o que vai te curar,
fazer sua vida mudar
É o que da alma sair.

Abra as janelas da alma,
só vai levar um momento.
Abra as janelas da alma
conheça o seu criador
enquanto ainda há tempo.

          Manoel Augusto

Como se fosse o último

Hoje eu vou deixar tudo pra lá,
e vou ver o pôr do sol.
Os aborrecimentos, vou esquecer.
Aos compromissos, irei faltar.
De vez em quando é bom!
O meu direito vou exercer
de desfrutar das coisas sublimes
que Deus fez!
E me lembrar que sou parte da natureza de uma vez!
Mas enfim
vou assistir este espetáculo maravilhoso
que eu silencioso,
deixo passar todos os dias por mim.
E se fosse o último,
e se chegasse o fim.
Então vou curti-lo,
ouvindo uma canção em dó bemol,
agradecendo a Deus,
aqui na praia, nesse atol
como se fosse o último pôr do sol!

         Manoel Augusto

Não desista

Não desista
ainda que digam que você não vai conseguir.
sim,
não desista
ainda que as circunstâncias digam não,
isso não é pra gente como você!
Quem você pensa que é?
Você!
você é exatamente você e isto te basta!
Quem?
tem o direito de dizer que você não o é.
Já disseram e vou repetir: Você é aquilo
que enxerga em sí mesmo, entenda!
Tens o mundo inteiro a tua frente, conheça!
Tens os milhares de livros a escolher, aprenda!
Todo amanhecer é teu, acorde!
Todo entardecer é teu, celebre!
Todo anoitecer é teu, descanse!
Toda madrugada é sua, agradeça!
então, a partir deste momento
descubra-se, imponha-se, busque-se,
encontre-se, divirta-se, supere-se,
anime-se, vença-se!
Não necessariamente nesta ordem.

                Manoel Augusto

quarta-feira, 15 de julho de 2015

A Pipa

Menino pobre, menino rico
Sapato bonito, pé no chão,
comida em fartura, pão com pão.
Bermuda importada, Calção remendado,
um vai de bike, o outro vai de camelo.

Quando sobem as pipas
se desfaz diferença.
Se um é pobre e outro rico
já não faz nenhum mal,
lá no alto voando, todo mundo é igual.
Rabiola de seda, qualquer um pode ter.
uma pipa bonita, todo menino sabe fazer.

Quando sobem as pipas
ninguém melhor que ninguém.
quem dera! pensa o menino,
felicidade fosse pipa também!

                                                                       Manoel Augusto

Cataventos


Catavento
Tú dependes da brisa pra viver, 
pra mover, ser feliz!
Tú me encantas como a um menino
que sonha um dia mudar esse mundo
e pinta esse sonho em papel, cera e giz!
E no meu sonho tu te soltavas, fugia e voavas
e então me mostrava
um caminho, uma estrada brilhante, 
céu de diamante, turmalinas, rubis.
e enquanto fugias, ouvias
o canto bonito de mil colibris.
E pousavas na relva coberta de acacias
de rosas vermelhas,
num mar flor de lis!
Com gosto, alegria e vontade,
e olha, falando a verdade
foi assim que te fiz!
Se o sopro da brisa te acorda,
desperta e renovas e te fazes girar
e girando espalhas por todo lugar um
perfume de anís!
Catavento
me fazes de novo um menino 
e assim sigo em frente
alegre e contente,
um menino feliz!

      Manoel Augusto

Amalgama

O que nos une é um sentimento: A dor!
É o que nos mantém ligados, amalgama!
Pois diferentes, unidos,
é como a lava de um vulcão,
os sentidos todos em profusão. Amalgama!
Tu és fogo e eu sou água,
amalgama é esta força em explosão.

O que nos une: a lágrima!
Será doce, o sentimento salgado da lágrima?
amalgama!
A lua que interfere nas marés,
São as ondas que mudam de feição.
Espumas, areias, amalgama,
esta é nossa perfeição.

O vento, a vela, o vôo, as asas,
Profundidades, alturas,
as batalhas nos tornando um só.
Querendo paz, mas não fugindo a guerra.
Suas cores, meus brazões,
Minha histórias são suas lições,
sou sua fúria, você minha calma,
unidos, ligados no corpo e na alma,
traduzidos numa bela  e tenaz expressão: amalgama!

             Manoel Augusto

Sempre é tempo de começar

Sempre é tempo de começar.
Você fez tudo pra dar certo, mas não deu!
Se virou do avesso e tentou
de todas possíveis maneiras, lutou,
e ainda assim não conseguiu.

Você tentou,
mudou, chorou, sofreu,
gritou e ninguém ouviu.
Seu coração sangrou,
uma espada sua alma atravessou,
subiu montanhas e vales cruzou,
Eu sei, se sentiu sozinho
seus pés doeram na estrada de pedras
e espinhos.

E seus amigos te deixaram,
a própria sorte, muitos te abandonaram.
Não se importe, deixe isso tudo pra lá
sempre é tempo de começar.

É só querer,
vou te dizer,
pra te ajudar e te lembrar
sempre é tempo de começar.

       Manoel Augusto

Tantas razões


Eu queria te falar umas coisas
mas não sabia como dizer.
então peguei papel, caneta e violão
e escrevi uma canção.

No céu, no céu
uma estrela brilhou
e seu brilho mostrou
um grande amor!

Nasceu, nasceu
no meu coração
uma linda flor da primavera.
Tantos anos.
tantas estrelas,
tantas razões
pra ser feliz junto de mim.

        Manoel Augusto

Ao invés


Ao invés de tristeza, alegria.
ao invés de omissão, optar.
Ao invés de prostrado, levanta,
e contigo, tudo o que dentro está.


Ao invés de ganância, destreza,
pois tua mão tudo pode te dar.
E ao invés de chorar tenha um sonho
de ilimitada extensão,
                                                     Vês o mundo. 
                                                     Em nada é pequeno,
                                                     limitada é a tua visão.
                                         Se te achas pequeno te digo
                                 um universo existe em tí.
                          Tua alma descende do eterno,
                    só precisas enfim descobrir.

                                         Manoel Augusto

Outono


Outono,
querias que fosses verão,
queria que rimasses com alegria
ao invés de rimar com solidão.
Outono,
Tú remetes a calma de um dia de morno sol,
Não aqueces, não esfrias,
Nem me dizes porque devo suportarte.
Outono,
Tú duvidas de tí mesmo,
Tú não dizes a que veio.
Queria tanto gostar de tí.
Até gosto de tua ausência presente.
De tuas meias palavras e de teus meios caminhos.
Tú és quase em quase tudo,
És quase um gesto, és quase um carinho.
Não és verão, não és inverno
é de todos eles um pouquinho.
Não fosse outono teu nome,
tú te chamarias sozinho!

        Manoel Augusto